
Um estudo divulgado na última sexta-feira (6/6) sugere que as crateras na superfície da Lua escondem metais preciosos. A pesquisa, desenvolvida pelo astrônomo Jayanth Chennamangalam e publicada na revista científica Planetary and Space Science, defende que os impactos de asteroides, meteoroides ou cometas na superfície lunar — que ocorrem a velocidades superiores à do som — podem depositar metais preciosos ou torná-los íveis abaixo da superfície do satélite natural da Terra.
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Os resultados indicam que quase 6.500 crateras da Lua podem conter metais preciosos em quantidades comercialmente viáveis para mineração. Nas crateras com diâmetro igual ou superior a cinco quilômetros, foi estimado que existem quantidades significativas de metais do grupo da platina.
Isso implica que pode ser mais vantajoso e, portanto, mais lucrativo, minerar asteroides que impactaram a Lua em vez daqueles que estão em órbita. Uma estimativa aproximada fornecida por Chennamangalam sugere que há mais de 1 trilhão de dólares em platina e outros metais preciosos.
Se for possível gerar receita a partir de recursos espaciais, seja na Lua ou em asteroides, isso pode incentivar empresas privadas a investir na exploração do Sistema Solar, tornando-a menos dependente exclusivamente de financiamento governamental.