Brasil em Transformação

Transição energética depende da mineração, diz secretária do MME

"O mundo vive uma corrida por minerais essenciais à transição energética e o Brasil reúne os atributos necessários para liderar esse movimento", afirmou Ana Paula Bittencourt, secretária nacional interina de Geologia, Mineração e Transformação Mineral

A secretária nacional interina de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Ana Paula Bittencourt, participou nesta terça (10/6) do evento
A secretária nacional interina de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Ana Paula Bittencourt, participou nesta terça (10/6) do evento "Brasil em Transformação: a mineração no Brasil e no exterior", realizado pelo Correi. - (crédito: Khalil Santos / CB/DAPress)

A secretária nacional interina de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, do Ministério de Minas e Energia, Ana Paula Bittencourt, defendeu nesta terça-feira (10/6) que a transição energética no mundo depende da mineração, e que o Brasil tem todas as condições para virar uma potência nesse setor, como uma matriz energética limpa e com disponibilidade de minérios em seu território.

Bittencourt apontou que o governo federal atua para garantir segurança jurídica e atrair investimentos para a mineração brasileira, mas também promover uma atividade econômica com responsabilidade ambiental e compromisso com o desenvolvimento das comunidades.

“A transição energética global depende, basicamente, da mineração”, declarou a secretária durante o evento Brasil em Transformação: a mineração no Brasil e no exterior, realizado hoje pelo Correio.

“O mundo vive uma corrida por minerais essenciais à transição energética. O Brasil reúne os atributos necessários para liderar esse movimento: recursos naturais, estabilidade institucional, energia limpa, capacidade técnica e compromisso inflexível com a sustentabilidade”, disse ainda Bittencourt.

A secretária apontou números que mostram a liderança do Brasil em alguns minerais estratégicos. Por exemplo, o país é o 6º maior produtor de lítio, 3º em níquel, 1º em nióbio, 2º em grafita, 2º em terras raras, 5º em alumínio e 7º em urânio.

Em 2024, a mineração representou quase 4% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com R$ 7,5 bilhões arrecadados com a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), os royalties da mineração, 230 mil empregos diretos e 832 mil postos indiretos de trabalho.

“O Brasil está pronto para liderar uma mineração verde, ética e inovadora”, enfatizou a secretária. Porém, ela afirmou que ainda há um deficit na exploração de minérios no país, com apenas 27% do território nacional mapeado na escala adequada.

Ministério quer mineração sustentável

Para melhorar o cenário, Bittencourt destacou uma série de ações em andamento, como a criação do PlanGeo 2025-2034, que vai mapear 73 blocos de exploração, a reestruturação da Agência Nacional de Mineração (ANM), e o lançamento do Fundo de Minerais Estratégicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Citou ainda a modernização do licenciamento ambiental, a promoção de boas práticas de ESG no setor e a conclusão da Política Nacional para Minerais Críticos.

“O Brasil quer e vai oferecer mais do que minério. Vamos oferecer soluções tecnológicas, desenvolvimento regional, empregos qualificados, soberania energética e qualificação”, pontuou a secretária.

Confira:

 

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postado em 10/06/2025 10:14
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