O que esperar dos próximos 62 anos?

Correio Braziliense
postado em 22/04/2022 05:57 / atualizado em 22/04/2022 06:00

Assoprar as velinhas imaginárias consolida o sentimento de dever cumprido e repactua o compromisso, de cada um e de todos juntos, de construir a Brasília de aqui a 62 anos. Afinal, como será a capital do pais aos 124 anos? Hoje, somos mais de 3 milhões de pessoas, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE). Que tamanho terá nossa gente? O que moverá a nossa economia? Quais artistas teremos lançado? Qual será a realidade que nossas crianças vão encontrar?

Tais perguntas ainda não podem ser respondidas, mas a expectativa dos brasilienses é de um amanhã bem melhor. É o que o menino Jorlos Vinicius, 10 anos, sonha para o futuro. "Eu amo Brasília. Eu nasci e vivo aqui. Daqui muitos anos, eu quero uma Brasília sem ladrões e também uma Brasília que só tenha amor, esperança e respeito. Se Brasília fosse uma pessoa, eu diria feliz aniversário e que eu gosto bastante daqui", garante o garoto. Com a mãe, Nana da Cunha, 40, e a irmã, Isis Dometilia, 5, Jorlos assistia ao espetáculo de Moana na Torre de TV.

Quem também estava comemorando aniversário era o maranhense Magno Pascoal, que completou 67 anos no mesmo dia que Brasília fez 62. Ele tem o costume de aproveitar os pontos turísticos para reunir a família. "Esses espaços são muito bons, as crianças correm e brincam ao ar livre. Para daqui 62 anos, eu espero que isso aumente", avalia Magno.

Esse foi o primeiro aniversário de Brasília em que os filhos da estudante Mel Mascarenhas puderam participar da celebração. "A mais nova ainda era muito pequena quando começou a pandemia, desde então, esse é o primeiro evento que me sinto confortável em levá-los, e tiramos o dia para aproveitar bem", afirmou Mel, que saiu de casa preparada com comida, toalha de piquenique e muita animação. A filha Malu Mascarenhas, 8, era a mais empolgada entre os irmãos Otávio, 10, e Miguel, 12. Ao estudar sobre Juscelino Kubitschek na escola, ela quis conhecer o memorial JK, e Mel não poderia ter escolhido um dia mais simbólico para levar a menina. "Eu estou muito feliz, porque vi a estátua de Juscelino apontando para Brasília, e, ainda vamos subir na Torre e ver tudo lá de cima", vibra a criança.

Do espetáculo infantil ao rock, na programação dessa quinta-feira teve de tudo. O casal José Rezende, 65, e Sônia Campos, 63, se organizaram para assistir ao show comandado por Digão, dos Raimundos, na Concha Acústica. Desde 1960 em Brasília, José espera que a cidade continue a prosperar. "Quando eu cheguei, vi o Eixão sem pavimentação, as ruas se formando, e, hoje, temos essa cidade maravilhosa", ressaltou.

 

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE